Na
microbiologia, a revolução é feita na segunda metade do século XIX por dois
homens sobejamente conhecidos: o francês Louis Pasteur (1822-1895) e o alemão
Robert Koch (1843-1910). À época, França e Alemanha são “irmãos desavindos”,
cujos conflitos culminam na guerra franco-alemã de 1871. Pasteur e Koch nem
sequer falam a língua um do outro, e os seus encontros em reuniões
internacionais são diálogos de surdos. Os grandes avanços da disciplina dão-se
em diálogo agreste entre estes dois homens e as equipas de que souberam
rodear-se.
A escola francesa de Pasteur dedica-se sobretudo à compreensão dos mecanismos da infecção e de defesa do organismo. A escola alemã de Koch estuda e classifica as bactérias e as medidas de higiene que favorecem o seu combate.
Deixemos aqui apenas alguns pontos importantes dessa obra desenvolvida “a quatro mãos”.
Robert Koch demonstra a origem microbiana do antrax e identifica o bacilo da tuberculose. Entre os seus discípulos, Friedrich Loeffler é quem realmente formula com clareza os “postulados de Koch”, a propósito das suas investigações da difteria, e Julius Petri terá criado as placas com o seu nome, que permitiram trabalhar os microrganismos em meios de cultura sólidos e, dessa forma, isolá-los e caracterizá-los com um grau de precisão inteiramente novo.
Louis Pasteur, por seu lado, é quem, a propósito das suas investigações sobre o carbúnculo, que dizimava os rebanhos de ovelhas, confirma e populariza a “teoria dos germes” (enterrando de vez a hipótese “miasmática”). Estuda também a raiva (em que aplica o conceito de imunização/vacinação formulada por Jenner um século antes para a varíola) e os processos de fermentação, e cria o método de esterilização pelo calor (pasteurização). Curiosamente, não trabalhou sobre nenhuma das doenças mais importantes do ponto de vista clínico e epidemiológico. Serão os seus colaboradores Pierre Roux (1853-1933) e Alexandre Yersin (1863-1943) quem identifica as primeiras toxinas bacterianas (bacilo da difteria).
A escola francesa de Pasteur dedica-se sobretudo à compreensão dos mecanismos da infecção e de defesa do organismo. A escola alemã de Koch estuda e classifica as bactérias e as medidas de higiene que favorecem o seu combate.
Deixemos aqui apenas alguns pontos importantes dessa obra desenvolvida “a quatro mãos”.
Robert Koch demonstra a origem microbiana do antrax e identifica o bacilo da tuberculose. Entre os seus discípulos, Friedrich Loeffler é quem realmente formula com clareza os “postulados de Koch”, a propósito das suas investigações da difteria, e Julius Petri terá criado as placas com o seu nome, que permitiram trabalhar os microrganismos em meios de cultura sólidos e, dessa forma, isolá-los e caracterizá-los com um grau de precisão inteiramente novo.
Louis Pasteur, por seu lado, é quem, a propósito das suas investigações sobre o carbúnculo, que dizimava os rebanhos de ovelhas, confirma e populariza a “teoria dos germes” (enterrando de vez a hipótese “miasmática”). Estuda também a raiva (em que aplica o conceito de imunização/vacinação formulada por Jenner um século antes para a varíola) e os processos de fermentação, e cria o método de esterilização pelo calor (pasteurização). Curiosamente, não trabalhou sobre nenhuma das doenças mais importantes do ponto de vista clínico e epidemiológico. Serão os seus colaboradores Pierre Roux (1853-1933) e Alexandre Yersin (1863-1943) quem identifica as primeiras toxinas bacterianas (bacilo da difteria).
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